Considerações sobre a terra e o céu…

jisso

 

Personificações divinas!

O que se segue é um comentário aos dois comentários publicados em:

http://busca-espiritual.blogspot.com.br/2013/10/nem-eu-nem-voce-isto.html

 

Permitam-me comentar esses dois comentários, um de Quem “aparece como” o personagem “Anônimo” e o outro de Quem “aparece como” o divino personagem “Jaime Pires”; Um é céu; outro, terra… As forças que sustentam e mantêm coesos tanto céu quanto terra são as mesmas que sustentam e mantém coeso o paraíso, pois, existe entre eles a “unidade essencial”. Por isso, mesmo tendo ensinado e revelado sobre o “reino de Deus”  e declarado que: “Eu deste mundo não sou”, Jesus orou assim: “Pai, não te peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal”. 

A intenção desse comentário é aprofundar o desfrute e a reflexão sobre os mesmos e conclamar a todos os iluminados que afluem a este templo apenas como leitores, que dêem suas contribuições, que compartilhem!

Por isso serão comentados ambos os comentários.

 

Entre a “terra e céu” se situa o paraíso…

 

Considerações sobre a terra… Comentários entre parênteses [ … ]

 

Jaime Pires disse…

 

Caros divinos personagens, 

Talvez esse não seja o espaço próprio [ por que não seria? O Eu, que é Quem faz, pode fazer com que seja…],  mas gostaria de fazer uma indagação, acho que no nível de personagem [Toda indagação existe aparentemente no nível do personagem, na representação]:

A mente, ou seja, o personagem, busca boicotar ou menosprezar a percepção consciencial ? [ Nada verdadeiramente se contrapõe à percepção daquilo que é real. O que se contrapõe é que não é real.]

[Argumentos, assim como idéias e conceitos pertencem à mente, que estão na “representação”. Quando percepções conscienciais são contrapostas é sinal de que não foram assimiladas e que estão sendo interpretadas mentalmente como meras idéias ou conceitos, porque as percepções são da Consciência do Ser, que é único e as idéias, conceitos ou argumentos são das mentes dos personagens]

Pergunto isso porque geralmente quando tenho algum insight, inspiração ou mesmo um ponto de vista referente a supostos problemas, procuro registrar isso [não apenas registre, realize! Jesus diria “Seja feito conforme a vossa fé! Fé significa perceber Quem faz; Quem fala; Quem Se revela], mas vem um pensamento, talvez o ego e me diz que eu estou criando isso, que é plágio de algum livro que li, que isso não é revelação ou verdade, que estou continuamente me iludindo [ A “voz da Consciência do Ser” te faz perceber algo; a voz mental, te faz pensar algo… A “percepção é imediata”, o “pensamento é fruto de um processo de raciocínio”; quem vc opta seguir torna-se seu “Senhor”… Como advertiu Jesus, você não pode seguir a dois senhores, pois, irá contra um deles]. Relaciono isso com aquela observação do Silvano: “Na dúvida, é não”. [Isto não é apenas uma observação, mas uma percepção consciencial compartilhada com os que querem estar “no núcleo”,  com os que querem seguir a “voz da Consciência do Ser”] Mas essa dúvida não é artifício do personagem que é ilusão? Teria essa dúvida validade? [ Toda “dúvida” está na mente e tem a mesma natureza (fictícia) dos pensamentos… O fato de permanecer na dúvida indica que você ainda “não retirou as sandálias dos teus pés” e que ainda não percebeu que “o lugar onde estás é solo sagrado”…, ou seja, indica “sem dúvida” que seu “senhor” está sendo a mente a quem continua seguindo… ]


Gostaria inclusive de compartilhar um insight, que embora com palavras e colocações bem conhecidas da literatura espiritualista, me proporcionaram um enorme nível de paz e cura (sem dúvidas), entretanto foi duramente criticado pelo ego:

“Aquieta-te e vede o livramento do Senhor”
O Senhor vai proporcionar algum livramento? Não!
Deus é imutável e está fazendo o que sempre fez! Sendo perfeição absoluta! A Sua criação é perfeita e permanente!
Acontece algum livramento? Sim! O livramento da ilusão!
Mas o que provoca tal livramento?
O aquietar-se, no aquietar-se a mente deixa de criar uma vida (estória) que obnubla a Verdade (vida) de Deus: Cristo sendo tudo em todos.
Como poderia o Filho de Deus, feito à sua imagem e semelhança experimentar qualquer forma de carência? Não poderia, nunca! “Não sabei vós que sois todos filhos do Altíssimo; És o meu filho amado em quem me comprazo; Foi do agrado do Pai dar-vos o Reino; A peleja não é vossa, mas de vosso Pai. Aquieta-te pois e vede o livramento do Senhor”.
Deus, a perfeição sempiternamente já é.

[Notem bem que as “percepções conscienciais” compartilhadas, por terem origem na “Consciência do Ser”, contém um comando para a mente do personagem a fim de que a percepção possa ser assimilada e desfrutada, para revelar-se como uma real percepção divina. Por isso é expressa na forma de um “comando” juntamente com um “desfrute”; que por fim se revela como uma “percepção de que é Deus Quem faz e Quem Se revela”!

Um exemplo, que está na Bíblia:

“Aquieta-te e vede o livramento do Senhor”

“Aquieta-te” é o comando para a mente do personagem silenciar;

“Vede” Significa: Desfrute isso! Desfrute já em unidade Comigo!

“o livramento do Senhor”, é a percepção de que é Deus Quem faz1

Outro exemplo, que está na Bíblia:

“Aquieta-te e saiba Eu Sou Deus”

 “Aquieta-te” é o comando para a mente do personagem silenciar;

“Saiba” Significa: Desfrute isso! Desfrute já em unidade Comigo!

“Eu Sou Deus”, é a percepção de que é Deus Quem Se revela!

A dúvida é um mecanismo de auto-defesa da mente que preserva os pensamentos e tenta aniquilar as percepções conscienciais…

É o que na representação parece acontecer… Assim a pessoa não segue o comando… Por sua vez, não ocorre o desfrute e por fim a percepção é interpretada como “um argumento, uma idéia ou um conceito”. A dúvida persiste e transforma em uma “certeza mental” aquilo que é originalmente uma autêntica percepção consciencial.   

Mas Jesus disse: “Tua fé te curou”! Ou seja, a “tua percepção” de que “é Deus Quem faz”, “é Deus Quem realiza as obras”, te curou.

A Bíblia contém a advertência: “Acautelai-vos dos falsos mestres”, que são os ensinamentos que afastam do amor de Cristo, ou seja, daquilo que está em nós, no centro, o núcleo, no “reino de Deus” e que nos coloca na periferia, nas “certezas” baseadas no raciocínio, na lógica e em pensamentos.

Assim, quando tiver uma intuição e tiver dúvida, se não consegue não ter dúvida duvide da intuição, mas também duvide da dúvida… Saiba que a dúvida é uma reação condicionada e precisa ser refeita.  

Terceiro exemplo, da Meditação Shinsokan:

“Neste momento deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo da Imagem Verdadeira.”

“Neste momento deixo o mundo dos cinco sentidos”, é o comando para a mente do personagem “focar no presente” [neste momento] e “silenciar a percepção do mundo dos cinco sentidos”;

“e entro no mundo da Imagem Verdadeira” Significa: Desfrute isso! Desfrute já em unidade Comigo a percepção da Imagem Verdadeira!

Por fim, o divino personagem Jaime Pires se eleva em percepção ao céu e diz:

“A representação não conta, porque afinal de contas, é só um faz-de-conta.”

Passemos então às considerações do céu…

 

         Masaharu Taniguchi disse…

 

“O objetivo básico da religião é despertar o homem para a Imagem Verdadeira de sua Vida. 

[Do livro Imagem Verdadeira e Fenômeno. Página 21]

E disse também:

“Há duas imagens do ser humano: o “homem verdadeiro” e o “homem ilusório”. Uma é verdadeira e a outra é uma ilusão que, parecendo existir, não existe de fato – o budismo partiu desde o início desta Verdade, mas o cristianismo despertou para esta verdade há menos de cem anos. Até então, os ensinamentos pregados por Jesus Cristo, como também a teoria da criação do Universo citada no Gênesis, não eram interpretadas corretamente, pois não fazia distinção entre a “criação verdadeira” e a “criação falsa, fruto da ilusão”. Em consequência, as pessoas comuns atribuíam a responsabilidade das contradições, dores e sofrimentos da vida à imperfeição da criação de Deus, duvidando assim da existência do Deus-Criador, da Sua onipotência, do Seu Amor, julgando-O uma simples imaginação da mente dos teólogos.”     

“Cristo, pessoalmente, sabia que a Imagem Verdadeira da sua Vida era eterna e indestrutível, pois disse frases como: “Eu existo desde antes do nascimento de Abraão”, ou “Eu sou aquele que compartilhou a glória com Deus antes da criação do mundo” e pregou o cristianismo, mas quem leu a Bíblia não conseguiu compreender isso.

[Do livro Imagem Verdadeira e Fenômeno. Página 23]

 

Da mesma forma que “quem leu a Bíblia não conseguiu compreender isso” é possível que haja quem leu e não conseguiu compreender o que o Anônimo disse…

 

Todo conceito é um pré conceito, assim como o personagem desperto e o não desperto, conceitos, imagens irreais daquilo que não possui imagem, nunca há nada além do ser consciencial, tudo é o cristo, tudo é o buda e, simultaneamente, nenhum desses conceitos distintos. ”

 

A afirmação: “imagens irreais daquilo que não possui imagem..” parece contradizer o que disse Masaharu Taniguchi que disse: ““Há duas imagens do ser humano: o “homem verdadeiro” e o “homem ilusório”. Uma é verdadeira e a outra é uma ilusão que, parecendo existir, não existe de fato”

E para enfatizar essa afirmação Masaharu Taniguchi acrescentou dizendo que: “o budismo partiu desde o início desta Verdade, mas o cristianismo despertou para esta verdade há menos de cem anos.”  

Sendo assim, de onde parte Quem “aparece como” o divino personagem desperto que disse: “imagens irreais daquilo que não possui imagem..”

Essa afirmação aparentemente contraria o que disse Masaharu Taniguchi ao dizer que: “Cristo, pessoalmente, sabia que a Imagem Verdadeira da sua Vida era eterna e indestrutível, pois disse frases como: “Eu existo desde antes do nascimento de Abraão”, ou “Eu sou aquele que compartilhou a glória com Deus antes da criação do mundo” e pregou o cristianismo, mas quem leu a Bíblia não conseguiu compreender isso.   

Porque está sendo aqui referenciado como um “personagem desperto” o divino personagem que diz: “nunca há nada além do ser consciencial” e que deve ser reconhecido e reverenciado como uma “manifestação consciente do Ser”?

Notem bem: Porque em realidade o É! Trata-se verdadeiramente de “uma manifestação consciente do Ser”, divina, e parte de Si mesmo…

Percebam, desfrutem e compartilhem! Porque jamais passou por aqui, ou seja, nunca antes “Se manifestou” neste Templo dos Iluminados”… Aquele que, podendo assumir qualquer “personagem” Se manifesta como o próprio Ser, sem véus, expressando-se em primeira pessoa, sem sequer atribuir a Quem É qualquer nome, mesmo que já esteja na representação “aparecendo como” e sendo reconhecido como “mestre”, e revela a verdade numa linguagem que só mesmo quem se percebe em unidade com o Ser pode expressar e desfrutar plenamente!

A aparente contradição entre este que Se manifesta como “Quem É” e o que disse Masaharu Taniguchi é irreal. Contudo, é preciso transcender os limites da percepção que estabelece limites para perceber o ilimitado…

Como comentou de forma igualmente iluminada Aquele que “aparece como” nosso Amigo, o divino personagem Gugu: De fato, em Mim tudo pode estar acontecendo ao mesmo tempo, do jeito que você descreveu, pois há “espaço” suficiente para tudo isso. Isso sou Eu.”

Notem que a divindade sempre Se manifesta de forma livre e ilimitada, pois, sabe ser o Ser Único, a essência e real identidade de tudo o que É, de todos aqueles que, na linguagem usada do Núcleo, são chamados de “divinos personagens”.

Ocorre que todo ensinamento divino usa de uma linguagem própria a fim de que se torne assimilável, sendo certo que nenhuma linguagem pode definir o indefinível, e expressar em ideias e conceitos Aquele que sendo o Real só pode ser percebido por Si mesmo, por Sua própria percepção, e não pode ser expresso por meio de ideias e conceitos.

Todo ensinamento pode ser visto apenas como algo que transita de um para outro, daquele que ensina para aquele que aprende ou pode ser percebido como uma via de transcendência, da percepção identificada com algo individualizado para a percepção do Ser, o Uno Sem Segundo. .

Por Amor, aquele ensinamento que transita de um para outro desvela-se no núcleo daquele que o recebe como uma via de transcendência para a percepção do próprio Ser em si mesmo, a via de percepção da Unidade!

Assim, por Amor, o Ser Real “aparece como” um Mestre, como aquele que ensina, para desvelar-Se no coração daquele que o recebe como uma via de transcendência, a via de percepção da Unidade Essencial!

Muitas parábolas foram usadas por Jesus para expor seu ensinamento, assim como muitas metáforas e figuras de linguagem têm sido usadas a fim de facilitar a compreensão dos que “aparecem como” aprendizes…

Por isto o ensinamento do Núcleo é difundido numa linguagem e termos próprios cuja finalidade didática é a de facilitar sua perfeita assimilação. A ênfase do ensinamento compartilhado no Núcleo é dada à percepção, com a advertência e o esclarecimento de que embora aparentemente possa haver duas percepções, a da Consciência do Ser e a da mente do personagem, a percepção da Consciência do Ser é que percebe o real. Essa “percepção” é chamada no Núcleo de “percepção consciencial”. Pelo fato de apenas o Ser único ser real não há de fato separação entre personagem e Ser ou entre mente do personagem e Consciência do Ser, que são expressões usadas com fins meramente didáticos.

Outros ensinamentos usam termos próprios para a “percepção do Ser”, que é a percepção da Consciência do Ser ou percepção consciencial.

Masaharu Taniguchi a chama de “percepção da Imagem Verdadeira”;

Eckhart Tolle a chama de “poder do Agora’;

Adyashanti a chama de “estado natural”;

Satyaprem a chama de “plena consciência”

Vale notar que Adyashanti contrapõe ao “estado natural” a percepção do “estado egóico”, que equivale à “percepção da mente do personagem”.

Neste aspecto, Satyaprem trata ambas como sendo “estados naturais”.

Percebam agora como Se expressa o Ser como a “plena consciência”…

A unidade não percebe nada além de si mesmo e, simultaneamente, percebe-se como um conceito, limitado, separado, distinto, a mente, a consciência, etc. e tudo isso é perfeito, não há nenhum problema em me ver separado ou, permanecer como o um em um estado de total silencio, pois ambos são estados naturais e perfeitos em mim, coexistem eternos e simultâneos em mim, é a própria brincadeira em mim, a de perceber a mim mesmo fragmentado, isso não pode ser mudado, um estado não existe separado do outro no que sou, nunca estou de fato fragmentado em estados sem consciência, consciente e inconsciente, sou todos eles simultaneamente, assim como não há nenhum problema apontar isso como um problema, isso é assim, então é exatamente assim que tem que ser, porque seja o que for, como é, sempre é perfeito, sem nenhuma causa e nenhuma consequência real, não importa o que pareça acontecer, jamais afeta a realidade última, jamais afeta o real, a essência.

Percebam a profundidade, a poesia e a beleza desta percepção compartilhada!

Notem que se trata da expressão do Ser, da “plena consciência”, que é livre de quaisquer ideais e conceitos e sem intenção de refutar qualquer ensinamento, seja de Masaharu Taniguchi, de Adyashanti ou de qualquer outro… até porque “não há outro”, e foi dito que: “um estado não existe separado do outro no que sou, nunca estou de fato fragmentado em estados sem consciência, consciente e inconsciente, sou todos eles simultaneamente,

O Ser manifestou-Se neste Templo dos Iluminados não como normalmente Se revela na representação aos seguidores de Seu iluminado personagem… Mas apenas por Sua graça, por Amor, compartilhando Sua percepção ilimitada. Esta presença e manifestação no Templo dos Iluminados é um autêntico “darshan”, a visão da divindade, que afirmou: nunca há nada além do ser consciencial”,  

Esse é o principal ensinamento do Núcleo; a essência da percepção divina!

Que ao lado dessa percepção iluminada e compartilhada esteja a iluminada percepção dAquele que “aparece como” nosso Amigo Gugu, que compartilhou:

De fato, em Mim tudo pode estar acontecendo ao mesmo tempo, do jeito que você descreveu, pois há “espaço” suficiente para tudo isso. Isso sou Eu.”

 

Enfim, a fim de que todos percebam, desfrutem e compartilhem, digo:

“.. .há “espaço” suficiente para tudo isso; toda a quietude. Isso sou Eu.”

“.. .há “espaço” suficiente para tudo isso; todo o movimento. Isso sou Eu.”

“.. .há “espaço” suficiente para tudo isso, todas as percepções… Isso sou Eu.”

Namastê.

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